"Se não vão lá a bem, vão lá à força!", devem pensar eles quando imaginam a escola e os professores.
"Temos tantos professores verdes e dispostos a ser escravos, para quê concursos e estabilidade se podemos ter coisas que podemos esmagar, humilhar, destituir de vontade e não pagar?", cogitam eles.
"Para quê ter o trabalho se há autarcas serpentes de ser tiranetes para poderem arranjar tachos a amigos?", concluem eles.
"Para quê dar direitos se eles se contentam com deveres?", riem-se eles.
"Para quê dizer a verdade se eles se apaziguam com a mentira?", sussurram eles.
"Para quê manter a democracia se podemos instituir a cleptocracia e defendermo-nos porque a pequena corrupção da cunha e do favor passa a ser institucionalizada?", defendem eles.
Para quê, então, manter esta corja, se representam tudo o contrário do que o voto democrático legitimou?
Os ricos, empresários, políticos e apaniguados fechar-se-ão entre portões e muros que o dinheiro comprou, e o Zé Tuga, daqui a nada, parte a cara, o carro, a loja e a casa do seu irmão de rua, de dor, de pobreza e de miséria em vez de o fazer, metaforicamente, a quem os empobreceu.
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