A Lista V saúda calorosamente todos os sócios que quiseram, com o seu voto, participar diretamente na vida do SPGL, quer tenham ou não apoiado o projeto e as propostas que apresentámos.
O empenho e dedicação que este grupo minoritário de sócios demonstrou, ao disponibilizar-se para assegurar o funcionamento das mesas de voto, e exercendo o direito de eleger os seus representantes nos órgãos dirigentes, constitui um exemplo para todos os professores e garantem que, independentemente dos dirigentes que em cada momento são os responsáveis pela orientação político-sindical do SPGL, este continua a ser um sindicato que é preciso defender e prestigiar.
Lamentavelmente a Lista V não conseguiu mobilizar um número suficiente de sócios, de forma a conseguir vencer as eleições. Tendo consciência de que existe entre os sócios um grande descontentamento em relação à direção e ao reformismo da sua orientação político-sindical, a verdade é que a Lista V não foi suficientemente competente para mobilizar esse descontentamento e traduzi-lo numa votação significativa no seu projeto.
Estamos conscientes da existência de um sentimento difuso pelo qual o sindicato e os seus dirigentes estão cada vez mais afastados das escolas e dos professores e essa terá sido, quanto a nós, uma das razões para que dos 13.627 sócios apenas 4.307 tenham exercido o seu direito de voto, ou seja, estamos conscientes da relevância da abstenção de 68,4%.
É por isso, e porque não é crível que quem tem levado o SPGL a transformar-se num sindicato reformista e conciliador venha agora fazer diferente, que a Lista V mantém como válido o projecto com que se apresentou aos sócios, porque não abdica de continuar a defender os Professores e os seus interesses.
Nesse sentido, sobretudo porque a nossa maior crítica à direcção se prende com a falta de ligação aos sócios e às escolas, os ativistas que compuseram a Lista V, bem como todos quantos lhe manifestaram o seu apoio, têm um dever para consigo e para com os sócios que acreditaram e votaram Lista V. Esse dever, esse compromisso é o de representar condignamente os 1639 sócios que elegeram 13 representantes no Conselho Geral e 2 no Conselho Fiscal.
Mas não se fica por aí a tarefa e o compromisso. Temos, todos nós que integrámos a Lista V, a obrigação de continuar a lutar pelo projeto de um SPGL FORTE e COMBATIVO, sempre ao lado e COM OS PROFESSORES. De um SPGL que, na FENPROF, opte de forma clara pela convergência na ação com os outros trabalhadores, através da sua participação ativa no Movimento Sindical Unitário, nomeadamente na CGTP-IN e na Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública.
Tal tarefa só pode ser realizada com uma intervenção séria e permanente nas escolas onde trabalhamos, colaborando com o núcleo sindical existente, contribuindo para a sua criação onde ele não exista e disponibilizando-nos para a tarefa de delegado sindical, com o único objetivo de defender, ouvir e informar os sócios e mobilizá-los sempre que necessário para as lutas do movimento sindical docente e unitário.
Podem sempre contar com a nossa determinação e luta para defender a classe docente e a Escola Pública. O resultado das eleições apenas determinou quem são os sócios que vão dirigir, temporariamente, o SPGL.
Em momento algum esse resultado nos impedirá de continuar a SER SINDICATO e de tudo fazer para que ele ainda venha a ser FORTE E COMBATIVO.
COM OS PROFESSORES, POR UM SPGL FORTE E COMBATIVO
