Intervenção de Manuel Grilo, Vice-Presidente do SPGL, no 5º Congresso do SPGL, dias 5 e 6 de fevereiro de 2015
Destacamos:
Precarização crescente da classe docente
"(...)Alguns passos já foram dados com a criação de comissões de contratados, com uma reflexão e uma ação importantíssimas que não podemos desvalorizar (lembro aqui a importante luta ‐ vitoriosa ‐ pelo direito ao subsídio de desemprego). Pelo contrário, temos de apostar em mais coletivos de professores precários para, de forma participada, organizarmos a luta pela estabilidade de emprego e de emprego com direitos. Uma luta que é de todos os professores e
educadores e não só dos contratados. Mas que não se fará sem eles!(...)
Quotidiano das escolas
"(...)Temos de construir democracia nas escolas, temos de construir ação coletiva em cada escola que impeça pesadelos quotidianos de vidas profissionais sempre à beira do abismo. A luta pela gestão democrática das escolas é já hoje um dos eixos principais da ação do nosso sindicato e da FENPROF. E bem! Mas temos de levar esta luta para o interior das escolas, organizando resistências e contestação, criando condições para a indispensável mudança legislativa.(...)"
Construindo sindicato!
"(...)Construir sindicato é construir redes em cada escola, em cada agrupamento. É construir em cada escola a dimensão do coletivo sindical. Um delegado sindical é importante, mas não podemos deixar de apelar à constituição de coletivos, de sindicato na escola.(...)"
Forma como muitas vezes agimos
"(...)Analisar a realidade é importante, analisar bem a realidade é ainda mais importante. Mas se abdicarmos de a querer transformar de pouco vale a análise brilhante. Se não dermos os passos necessários ‐ todos os passos ‐ para transformarmos a realidade estaremos a abdicar de ser sindicato!(...)"
"Temos de ser capazes de mobilizar e entusiasmar. Analisar e propor. Mas agir e lutar. Estabelecer prioridades claras. Falar claro. Dizer o que temos a dizer e propor ação consequente. Com ousadia e com verdade."
Inserção do SPGL na FENPROF, na Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública e na CGTP
"(...)Na FENPROF e na CGTP, o nosso sindicato tem‐se pautado, e creio que muito bem, por uma participação muito ativa nos seus órgãos, propondo e discutindo, organizando e lutando em conjunto com todos os sindicatos que as integram. Creio que só podemos afirmar a necessidade de mais ‐ mais empenhamento, mais proposta, mais ação, na direção certa que têm sabido encontrar.
Quanto à Frente Comum, que organiza a luta comum dos trabalhadores da administração pública, creio que temos de lhe dar uma importância redobrada em tempo de carreiras congeladas, de salários cortados, de aumento da idade da aposentação, de precarização crescente e de desemprego, travestido de requalificação.(...)"
