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Organização sindical - Vamos construir sindicato!

 

 

Assumindo a necessidade e a urgência de dar conteúdo à luta contra o ataque à Escola Pública que tem sido desenvolvido por sucessivos governos durante a última década, afirmamos a necessidade absoluta de um sindicato combativo, sustentado numa forte ligação às escolas e aos professores.

 

O sindicalismo é como a Educação. Em cada momento em cada caso, temos de saber encontrar respostas adequadas a problemas que são sempre diferentes. Com persistência, com método, com organização e com ousadia. Encontrar respostas adequadas implica identificar os obstáculos à atividade sindical nas escolas e encontrar formas de organização e de ação que nos permitam ultrapassá-los.

 

Um dos grandes obstáculos é a precarização crescente da classe docente. Os coletivos sindicais nas escolas refletem a instabilidade de alguns professores que saltitam de escola em escola, alternando entre colocações e períodos no desemprego. Outro obstáculo é o quotidiano das escolas.

 

Não há tempo para se ser professor. Não há tempo para ouvir e ser ouvido.

 

O excesso de burocracia resulta em falta de democracia. Mas sabemos que, individualmente, não nos conseguiremos libertar deste espartilho. Para problemas coletivos não há soluções individuais. Temos de construir democracia nas escolas através da nossa ação coletiva. Temos que impedir que a escola se torne um pesadelo e se afaste do espaço de alegria e realização que deve ser.

 

Quanto mais implantada, forte e atuante for a organização sindical na escola, mais capacidade de intervenção, mais prestigio e força tem o sindicato para alcançar com sucesso o objetivo de defender os direitos e interesses dos professores, da Escola Pública e da gestão democrática que valoriza a participação de todos.

 

Para que o SPGL seja forte e atuante, terá não só de representar o maior número possível de professores da escola - para o que será necessário dar um forte incremento à sindicalização - como terá de ser capaz de intervir quotidianamente na resolução dos problemas, na promoção da ação reivindicativa, na defesa dos direitos, no esclarecimento e na mobilização para as lutas da classe e para as lutas solidárias com os demais trabalhadores, na negociação, procurando sempre garantir uma elevada participação dos sócios nas decisões e na vida do sindicato.

 

É preciso ter sempre presente que o sindicato tem a sua raiz orgânica assente nos locais de trabalho, que no nosso caso é a Escola. Onde as condições forem mais difíceis, discutiremos com os sócios qual a melhor forma de dinamizar o trabalho sindical, tendo como objetivo eleger um Delegado Sindical em cada escola e, sempre que possível, criar coletivos sindicais por escola ou agrupamento.

A Lista V assume o reforço da organização sindical nas escolas como uma tarefa prioritária.

 

Propomos como linhas orientadoras para a ação sindical:

 

  • Promover a reanimação e a ação dos núcleos sindicais, a valorização do papel e a intervenção dos delegados sindicais enquanto elementos estruturantes da vida e presença do sindicato nas escolas;

 

  • Reforçar a sindicalização e o combate à crescente dessindicalização, com particular atenção aos mais jovens;

 

  • Garantir as condições para uma efetiva participação dos sócios na vida e nas decisões do SPGL, nomeadamente, revalorizando a Assembleia Geral de Sócios e as Assembleias de Delegados Sindicais, realizando-as, sempre que possível, de modo descentralizado;

 

  •  Aumentar o investimento na comunicação através de meios digitais melhorando a página eletrónica e a presença do SPGL nas redes sociais. No domínio do papel, a lista V propõe-se racionalizar os meios disponíveis, adequando a produção e distribuição de documentos em papel às necessidades de utilização deste meio;

 

  • Promover, no momento adequado, uma revisão estatutária que, entre outras questões, terá como objetivo aprofundar a democracia interna, consagrar a nova orientação e prática sindical e devolver competências à Assembleia Geral de Sócios e à Assembleia Geral de Delegados Sindicais que são da responsabilidade do Conselho Geral, em consequência da última revisão estatutária;

 

Só com a presença regular do sindicato nas escolas, por ser esse o espaço onde os professores e educadores desenvolvem a sua atividade e onde a ação reivindicativa ganha sentido, é possível defender com firmeza e eficácia a classe docente e uma escola pública que esteja ao serviço do povo português e do desenvolvimento do país.

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